A Comissão Política da Juventude Social Democrata (JSD) de Ponte da Barca participou na cerimónia de encerramento dos trabalhos da Universidade de Verão 2011, presidida pelo Presidente do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal, Dr. Pedro Passos Coelho.
(Duarte Marques, Presidente da JSD Nacional, acompanhado pelos membros da JSD Ponte da Barca José Alfredo Oliveira, João Madama e Iva Ramos)
A iniciativa, que decorreu de 29 de Agosto a 4 de Setembro, em Castelo de Vide (Portalegre), contou como professores grandes personalidades da vida política e social do país e Europeia, tais como Jorge Moreira da Silva, João de Deus Pinheiro (ex. Comissário Europeu), Miguel Relvas (Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares), Vítor Gaspar (Ministro de Estado e das Finanças), Nuno Crato (Ministro da Educação), Assunção Esteves (Presidente da Assembleia da República), Ângelo Correia (ex. Ministro da Administração Interna) e António Barreto (sociólogo).
O líder do PP espanhol e próximo Primeiro-Ministro de Espanha, Mariano Raroy, e o socialista e antigo chefe de Estado Mário Soares foram outros dos convidados para os jantares-conferência promovidos durante aquela que é considerada a maior iniciativa de fomação política do país.
Na sessão de encerramento da nona edição da Universidade de Verão, no domingo ao final da manhã, usaram da palavra, além do Primeiro-Ministro, o Director da Universidade de Verão, Eurodeputado Carlos Coelho, e o líder da JSD, Duarte Marques
«A capacidade que demonstrarmos na adversidade será o nosso grande capital quando vier a bonança», Pedro Passos Coelho
O primeiro-ministro recusou as teses de quem em Portugal e no estrangeiro vaticina que o acordo com a troika não será cumprido, sublinhando que não conhecem «a nobreza do espírito» português.
«É verdade que também há muita gente, entre nós e no estrangeiro, que nos vê com uma grande dose de cepticismo e que diz que os portugueses não serão capazes de resolver os seus problemas nem de levar a bom porto o Programa de Assistência Económica e Financeira», reconheceu Passos Coelho, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.
Contudo, frisou, para esses só há uma resposta: «Ninguém diz aos portugueses que há coisas que eles não conseguem fazer».
Quem faz esses comentários e vaticínios não conhece os portugueses, não conhece a sua resistência, a vontade, a forma como se unem nos momentos cruciais e se mostram à altura dos desafios, nem «a nobreza» do seu espírito, acrescentou.
«Foi com ambição que partimos para este projecto e é com ambição que o estamos a concretizar», assegurou, prometendo avançar com as reformas estruturais necessárias, porque «os olhos do mundo» estão postos em Portugal.
Depois de recordar a forma como o Governo «deu boa conta da sua agenda reformista» em consonância com o memorando da troika e com o programa que foi apresentado no Parlamento, Passos Coelho recordou as medidas que o executivo tem vindo a desenvolver e os objetivos «claros e ambiciosos» tanto no que diz respeito ao défice orçamental, como à dívida e despesa públicas.
«No meio de tantos números e de tantos indicadores financeiros, com tantas mãos a acudir, com tantos problemas para resolver, com tantos projetos postos em marcha, é natural que as pessoas tenham mais dificuldades em compreender o sentido último do nosso rumo», reconheceu depois, em jeito de ‘resposta’ à falta de explicações do Governo para as medidas que tem vindo a tomar.
Apontando vários exemplos, Passos Coelho falou dos impostos, reiterando que o Governo procurou «proteger os mais desfavorecidos» na última subida, insistindo que esta foi uma medida necessária, perante «sinais preocupantes de desvios muito sérios», e foi decidida para «proteger o país de efeitos muito negativos que resultariam de percalços não resolvidos».
«Foi por isso que agimos preventivamente, por antecipação, como agiremos sempre, para fugirmos de perigos bem reais. Nessa medida, onerámos os mais desafogados e não tenho dúvidas que, dado o carácter estritamente temporário destas medidas, estes grupos sócio-económicos estão disponíveis para ajudar a poupar os mais vulneráveis durante este período de transição», referiu.
Passos Coelho não recusou, contudo, que esta explicação não diminui o peso dos impostos, mas manifestou-se convicto de que «dá um sentido razoável para todos».
Em jeito de antecipação do futuro, Passos Coelho deixou uma nota de otimismo no seu discurso, advogando que depois de tantos obstáculos, de «uma montanha tão íngreme para escalar», os portugueses terão orgulho no seu trabalho.
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