"25 de Abril"...apenas a expressão faz reviver tempos que nem passamos e dos quais guardamos um respeito inato e sacro. No entanto, quem esteve presente na sessão comemorativa do 34º aniversário da Revolução de 25 de Abril nos Passos do Concelho deparou-se com uma total falta de "operância" do espírito de Abril entre os nossos autarcas e população(!), pois as cadeiras reservadas estavam vazias e os discursos dos reservados vazios de "espírito de Abril".
Cavaco Silva, precisamente na mesma hora, em S. Bento, afirmava-se «impressionado» com a ignorância de muitos jovens sobre o 25 de Abril e o seu significado e denunciou uma «notória insatisfação» dos portugueses com o funcionamento da democracia.
No seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva, divulgou extractos de um estudo que mandou realizar sobre o alheamento da juventude face à política, e atribuiu parte da responsabilidade aos partidos políticos.
«Os mais novos, sobretudo, quando interrogados sobre o que sucedeu em 25 de Abril de 1974 produzem afirmações que surpreendem pela ignorância de quem foram os principais protagonistas, pelo total alheamento relativamente ao que era viver num regime autoritário», declarou o Chefe de Estado perante o hemiciclo.
O Chefe de Estado fez eco da «notória a insatisfação dos Portugueses com o funcionamento da democracia, assim como a existência de atitudes favoráveis a reformas profundas na sociedade portuguesa». Cavaco Silva disse aos deputados e convidados da sessão solene do 25 de Abril ser seu propósito promover em breve um encontro com representantes de organizações de juventude, tendo por objectivo colher a sua opinião sobre o distanciamento dos jovens em relação à política e sobre as medidas que possam contribuir para minorar ou inverter esta situação: «Em vez de nos interrogarmos tanto sobre o que o futuro nos trará, seria melhor que nos concentrássemos sobre o que poderemos trazer ao presente».
Para Cavaco Silva, «o futuro começa agora» e será o que dele fizermos hoje, nas nossas vidas profissionais e pessoais, nos nossos comportamentos cívicos, nas nossas atitudes perante os outros.
Aquando do XXX Congresso Nacional do PSD, em Outubro de 2007, apresentei aquela que foi a primeira moção do Distrito de Viana do Castelo aprovada em Congresso - "Minhotos de Hoje, Portugueses de Amanhã!" - e já aí havia tido como base a realidade política que se vive no Distrito de Viana do Castelo: um constante desacreditar por parte dos jovens na política.
Será assim por não sermos chamados para ser parte interventiva nos processos de decisão? Será por não nos darem a oportunidade de dizer "sim" ou "não" naquilo que diz respeito ao nosso futuro colectivo?
A minha resposta enquanto jovem, tendo em conta a minha jovem experiência, é: SIM! Toda esta vaga de descrédito por parte dos jovens na política não chegou a este estado em vão. Não há mecanismos por parte dos partidos e dos órgãos de governo (nacional e local) que "ouçam" e "agarrarem" os anseios e as propostas dos jovens.
Veja-se o caso de Ponte da Barca, onde existe juventude activa, juventude associativa, juventude interessada no futuro do concelho, juventude que quer apostar no Seu concelho...no entanto, praticamente não tem meios onde expor tudo isso.
Embora em Ponte da Barca a JSD seja a única estrutura política de juventude, esta sempre se pautou por tentar chamar os jovens barquenses "ao mundo da política", através de varias formas (tertúlias, conferências, acções de rua, jantares, blog´s e até mesmo através do HI5!), no entanto faz falta aos jovens um local neutro e imparcial onde possam expor as suas "dúvidas políticas".
Razão essa que me leva a crer que já é hora de Ponte da Barca aplicar um projecto audaz e arrojado deixado sucessivamente nas gavetas da Câmara Municipal pelo executivo.
Um projecto que, uma vez na prática, poderá colmatar em parte esta falha, melhorando em muito o acesso dos jovens à discussão do futuro do seu burgo.
Falo, claro do "Conselho Municipal de Juventude", um órgão onde a juventude é acolhida e ouvida de forma responsável e com o devido sentido de futuro.
Proposta esta que, em sede própria, farei com que seja discutida e aplicada na prática, pois este mecanismo é sem dúvida, o melhor para reatar as relações dos jovens e da política.
Cavaco Silva, precisamente na mesma hora, em S. Bento, afirmava-se «impressionado» com a ignorância de muitos jovens sobre o 25 de Abril e o seu significado e denunciou uma «notória insatisfação» dos portugueses com o funcionamento da democracia.
No seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva, divulgou extractos de um estudo que mandou realizar sobre o alheamento da juventude face à política, e atribuiu parte da responsabilidade aos partidos políticos.
«Os mais novos, sobretudo, quando interrogados sobre o que sucedeu em 25 de Abril de 1974 produzem afirmações que surpreendem pela ignorância de quem foram os principais protagonistas, pelo total alheamento relativamente ao que era viver num regime autoritário», declarou o Chefe de Estado perante o hemiciclo.
O Chefe de Estado fez eco da «notória a insatisfação dos Portugueses com o funcionamento da democracia, assim como a existência de atitudes favoráveis a reformas profundas na sociedade portuguesa». Cavaco Silva disse aos deputados e convidados da sessão solene do 25 de Abril ser seu propósito promover em breve um encontro com representantes de organizações de juventude, tendo por objectivo colher a sua opinião sobre o distanciamento dos jovens em relação à política e sobre as medidas que possam contribuir para minorar ou inverter esta situação: «Em vez de nos interrogarmos tanto sobre o que o futuro nos trará, seria melhor que nos concentrássemos sobre o que poderemos trazer ao presente».
Para Cavaco Silva, «o futuro começa agora» e será o que dele fizermos hoje, nas nossas vidas profissionais e pessoais, nos nossos comportamentos cívicos, nas nossas atitudes perante os outros.
Aquando do XXX Congresso Nacional do PSD, em Outubro de 2007, apresentei aquela que foi a primeira moção do Distrito de Viana do Castelo aprovada em Congresso - "Minhotos de Hoje, Portugueses de Amanhã!" - e já aí havia tido como base a realidade política que se vive no Distrito de Viana do Castelo: um constante desacreditar por parte dos jovens na política.
Será assim por não sermos chamados para ser parte interventiva nos processos de decisão? Será por não nos darem a oportunidade de dizer "sim" ou "não" naquilo que diz respeito ao nosso futuro colectivo?
A minha resposta enquanto jovem, tendo em conta a minha jovem experiência, é: SIM! Toda esta vaga de descrédito por parte dos jovens na política não chegou a este estado em vão. Não há mecanismos por parte dos partidos e dos órgãos de governo (nacional e local) que "ouçam" e "agarrarem" os anseios e as propostas dos jovens.
Veja-se o caso de Ponte da Barca, onde existe juventude activa, juventude associativa, juventude interessada no futuro do concelho, juventude que quer apostar no Seu concelho...no entanto, praticamente não tem meios onde expor tudo isso.
Embora em Ponte da Barca a JSD seja a única estrutura política de juventude, esta sempre se pautou por tentar chamar os jovens barquenses "ao mundo da política", através de varias formas (tertúlias, conferências, acções de rua, jantares, blog´s e até mesmo através do HI5!), no entanto faz falta aos jovens um local neutro e imparcial onde possam expor as suas "dúvidas políticas".
Razão essa que me leva a crer que já é hora de Ponte da Barca aplicar um projecto audaz e arrojado deixado sucessivamente nas gavetas da Câmara Municipal pelo executivo.
Um projecto que, uma vez na prática, poderá colmatar em parte esta falha, melhorando em muito o acesso dos jovens à discussão do futuro do seu burgo.
Falo, claro do "Conselho Municipal de Juventude", um órgão onde a juventude é acolhida e ouvida de forma responsável e com o devido sentido de futuro.
Proposta esta que, em sede própria, farei com que seja discutida e aplicada na prática, pois este mecanismo é sem dúvida, o melhor para reatar as relações dos jovens e da política.
