sábado, 4 de dezembro de 2010

Francisco Sá Carneiro


Francisco Sá Carneiro, que há 30 anos morreu no desastre de Camarate, por acidente ou atentado, teria hoje 76 anos. O que lhe teria sucedido, no quadro da vida política portuguesa, se não tivesse desaparecido? A História não se compadece com este tipo de interrogações, mas a indiscutível preeminência de que dispunha na sua área política leva à presunção lógica de que se teria mantido em cenários de continuado protagonismo.

Sá Carneiro foi uma personalidade de recorte muito particular na vida política portuguesa. Convidado para deputado independente nas listas da União Nacional, cedo entrou em conflito com Marcelo Caetano, ao constatar a sua falta de vontade para promover uma clara abertura política. O ostensivo afastamento que veio a marcar face ao regime, antecedido de alguns gestos reveladores de coragem e determinação, criou-lhe um crédito político que veio a utilizar após o 25 de Abril, ao fundar aquele que viria a revelar-se um dos partidos fundamentais no novo regime democrático - o então chamado Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD).

Os seis anos da sua relação com o PPD não foram tempos fáceis, quer dentro desta formação política, quer na sociedade portuguesa em geral. Sá Carneiro, afectado por problemas de saúde, rupturas familiares, dissidências internas e acusações públicas que se viriam a revelar infundadas, mostrou ser uma figura com carisma, encarnando com muita firmeza um projecto liberal que, simultaneamente, se opunha ao prolongamento dos militares no eixo da vida política e às orientações dos vários sectores da esquerda, de quem se tornou uma clara "bête noire".

O que teria acontecido em Portugal, com o general Eanes na presidência, com a contestação que Sá Carneiro seguramente lhe iria fazer, com a crise económica que levou à intervenção do FMI? Qual seria, por exemplo, o seu grau de disponibilidade para entrar numa solução de Bloco Central, como a que foi protagonizada por Mário Soares e Mota Pinto, que foi então considerado essencial para superar um momento muito delicado da vida portuguesa? Nunca o saberemos, embora o perfil de Francisco Sá Carneiro se afigurasse pouco consentâneo com esse tipo de compromissos.

Passados 30 anos, a pergunta permanece: o que teria acontecido a Sá Carneiro se não tivesse morrido naquela trágica noite, em Camarate?

Para nós, jovens social democratas, é uma honra poder continuar por tudo aquilo em que Francisco Sá Carneiro acreditava e por ele deu a vida: Portugal!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

XXI Congresso Nacional da JSD: inesquecível!



A JSD Ponte da Barca marcou presença no XXI Congresso Nacional da JSD com a maior representação de sempre: 5 jovens de Ponte da Barca irão representar o seu concelho na reunião magna da maior organização política de juventude em Portugal.

Cláudia de Calheiros (Delegada), Sandrina Ribeiro (Delegada), Olga Cerqueira (Obs.), Iva Costa (Obs.) e José Alfredo Oliveira (membro do Conselho Nacional) foram os participantes de Ponte da Barca no Congresso Nacional da JSD que reuniu nos dias 26, 27 e 28 na cidade de Coimbra.

A liderança da JSD foi disputada entre dois candidatos: Duarte Marques (Lista A), à data vice-presidente da Comissão Política Nacional da JSD, e Carlos Reis (Lista B), Presidente da Comissão Política Distrital de Braga. Ganhou por 62% - 370 votos - Duarte Marques para a Comissão Política Nacional da JSD, tendo Carlos Reis obtido 38% - 220 votos. Para a Mesa do Congresso foi eleito Hugo Soares como Presidente. Para a Jurisdição Ricardo Sousa foi eleito presidente, tendo os resultados (385 Lista A-217 Lista B) resultado na eleição de 5 membros da Lista A e 2 da Lista B. Para o Conselho Nacional a Lista A, encabeçada por Joana Barata Lopes obteve 35 mandatos e a Lista B, encabeçada por Rómulo Coelho, obteve 20 mandatos.

No que diz respeito à Revisão Estatutária da JSD, a proposta apresentada que tinha sido aprovada no Conselho Nacional da JSD obteve a concordância da larga maioria dos congressistas, tendo por isso sido aprovada.

No domingo, já depois de apurados os resultados eleitorais realizou-se a cerimónia de encerramento que contou com a presença do Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho. Duarte Marques, na sua intervenção destacou algumas das suas prioridades para o mandato que agora começa: o desemprego jovem é a bandeira fracturante que carece de primordial atenção na apresentação de propostas para o principal problema dos jovens. A Educação virada para a aquisição de competências em vez dos números estatísticos, de qualidade e de exigência em vez da cosmética dos números e do facilitismo, foram tónicas dominantes no discurso do recém-eleito Presidente da JSD, que tem como mote para o seu mandato o resgate do futuro desta geração.

Lançou o desafio aos deputados do PSD, bem como ao Presidente do PSD, de apresentar uma proposta na Assembleia da República, através dos deputados da JSD, para que 2% do financiamento público dos partidos políticos seja necessariamente alocado à formação política dos seus quadros. Em seguida, o Presidente do PSD manifestou total abertura em fazer desta também uma bandeira do PSD, e destacou a autonomia e a qualidade da intervenção da JSD ao longo dos últimos 4 anos, no mandato do Presidente cessante da JSD, Pedro Rodrigues. Endereçou ainda os cumprimentos e desejou boa sorte aos novos órgãos da JSD, particularmente à equipa liderada pelo companheiro Duarte Marques

Durante os trabalhos do Congresso, usou a palavra a delegada Sandrina Ribeiro, Vice-presidente da JSD Ponte da Barca, onde deu a conhecer os problemas que os jovens de Ponte da Barca enfrentam e soluções que, no entender da estrutura concelhia, devem ser tidas em conta para responder aos anseios dos jovens barquenses.

Ao Duarte Marques, novo Presidente da JSD, a JSD Ponte da Barca está ao seu lado para juntos lutarmos pela juventude portuguesa, por uma Geração com Futuro!