No seu discurso na ‘rentrée’ política do PSD, Manuela Ferreira Leite considerou que «Portugal está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude" e propôs-se contribuir para a sua consolidação e "libertar o país e as instituições do sectarismo partidário».
A presidente do PSD começou por dizer que «o Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem».
«O objectivo é enganar-nos» , acrescentou.
«Este clima de mistificação só tem sido possível porque está apoiado por uma máquina de comunicação e de acção pouco democrática» , concluiu.
Segundo a presidente do PSD, «são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite».
«Na Administração Pública, na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima antidemocrático, pouco saudável» , reforçou.
De acordo com Manuela Ferreira Leite, a reforma da Administração Pública «serviu para adaptar a máquina aos interesses do PS, completando silenciosamente uma operação em grande escala do controlo político dos cargos da Administração Pública».
«Sem uma nova cultura de responsabilidade, mérito e isenção» , salientou, «o Estado é muito vulnerável à corrupção, ao tráfico de influências e ao enriquecimento ilícito».
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