terça-feira, 18 de setembro de 2007

Alunos em Ponte da Barca passam frio e respiram mal dentro das salas de aula

Muitos alunos portugueses passam frio e respiram mal dentro das salas de aula, revela um estudo da DECO, segundo o qual quatro em cada cinco escolas têm temperaturas baixas e excesso de humidade no ar. Estas são as principais conclusões de dois estudos em 40 salas de 20 escolas de todo o país, realizados em Fevereiro e agora publicados nas revistas PRO TESTE e TESTE SAÚDE.

De acordo com a associação de defesa dos consumidores, muitas escolas portuguesas são frias, húmidas e com ar interior de má qualidade, os edifícios estão degradados e não têm ventilação adequada.

Do total de escolas avaliadas, apenas quatro apresentavam ar com qualidade aceitável ou boa, ao passo que as restantes apresentavam níveis de contaminantes acima dos valores legais de referência.

Entre aqueles contam-se partículas respiráveis, dióxido de carbono, bactérias e fungos, podendo pôr em risco a saúde dos alunos no que respeita, por exemplo, ao aumento do risco de problemas alérgicos e respiratórios e à diminuição da concentração, alerta a DECO.

A associação portuguesa para a defesa dos consumidores detectou ainda problemas de construção e conservação dos edifícios, o mais grave dos quais foi a presença de placas de fibrocimento com amianto em sete escolas: D. Francisca de Aragão (Quarteira), Diogo Bernardes (Ponte da Barca), Elias Garcia (Sobreda), D. João II (Caldas da Rainha), EB de Lousada, Roque Gameiro (Amadora) e Rainha D. Leonor de Lencastre (Cacém).

A DECO comunicou os resultados do estudo às escolas e aos ministérios da Educação, Obras Públicas e Saúde, com vista a que sejam tomadas as medidas necessárias.

A JSD de Ponte da Barca lamenta que ainda hoje, com o fecho continuo e persistente de escolas no nosso concelho (SETE apenas este ano!) a Câmara Municipal de Ponte da Barca – apoiante incondicional do governo – nada faça para melhorar as condições físicas das poucas e velhas escolas do concelho.

Não aceitamos que tanto o orgão de governo local, como o governo apenas vejam a informatização do sistema educativo como solução para todos os problemas da educação, pois este de nada serve quando chove dentro de uma sala de aula ou quando dentro desta é impossível estar por ter na sua constituição elementos altamente perigosos para a saúde dos que a frequentam.

É esta a melhor forma para se combater o insucesso e abandono escolar no concelho de Ponte da Barca?! Não nos parece de forma alguma!