domingo, 2 de março de 2008

O PODER AUTÁRQUICO EM DEBATE PELA JSD MAIS ACTIVA DO ALTO MINHO



“O Papel dos Jovens no Poder Autárquico” foi o tema de mais um debate promovido pela JSD de Ponte da Barca, no passado dia 29 de Fevereiro, no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Nova de Muía.

Em mais uma iniciativa de excelente qualidade da única organização política de juventude no concelho de Ponte da Barca, a JSD contou com a participação de excelentes oradores, com funções autárquicas nos vários distritos do Norte do país, particularmente, o Eng. José Manuel Fernandes (Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde), Dr. Ricardo Rio (Vereador na Câmara Municipal de Braga), Prof. Doutor. Paulo Morais (ex. Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto) e Eng. César Brito (ex. Vereador da Câmara Municipal de Viana do Castelo e Presidente Honorário da JSD), tendo como moderador Mateus Neiva, Secretário-Geral Adjunto da Comissão Política Distrital do PSD.

Num auditório repleto de militantes e simpatizantes, alguns dos quais vindos de longe, fizeram questão de ouvir e dar o seu contributo nesta iniciativa da JSD de Ponte da Barca.

A abertura da conferência coube ao Presidente da JSD de Ponte da Barca, José Alfredo Oliveira, na qual acusou os problemas que os autarcas sociais democratas de Ponte da Barca sofrem por parte do executivo socialista barquense.

“Em trinta anos de consagração constitucional do Poder Local, nunca em tão pouco tempo este sofreu tantos atentados à sua liberdade e acção por um só governo, e em Ponte da Barca, as nossas juntas pelo executivo camarário socialista.”

Referiu ainda que “a falta de apostas e de confiança por parte do actual executivo nas nossas freguesias e nos nossos presidentes de Junta é prova clara da enorme centralização e concentração egoísta e solitária do poder de decisão, do qual o resultado final nada mais é que o encerramento e o total abandono das aspirações e dos reais interesses das nossas populações, principalmente dos jovens, que vêem a emigração como única forma de darem rumo à sua vida”.

Após a sessão de abertura, César Brito foi o primeiro convidado a usar da palavra, tendo na sua intervenção recordado a sua experiência autárquica como deputado municipal e vereador JSD na Câmara Municipal de Viana do Castelo. “Credibilidade é a chave para o sucesso de uma governação, algo que por vezes vai escasseando no decorrer dos mandatos nos vários órgãos de governo local onde há pouca e fraca oposição. No entanto, (…) para estar na oposição é preciso saber fazer oposição e ser oposição, tendo em conta todas as dificuldades decorrentes disso.”

“Hoje, nesta actividade da JSD de Ponte da Barca, revi por momentos a JSD de há alguns anos atrás. Uma JSD que primava por uma oposição constritiva e séria, onde a capacidade de movimentação de ideias se aliava à capacidade de trabalho e liderança de oposição, e esta sim, credível. JSD essa que está cada vez mais reavivada com o exemplo da JSD deste concelho.”

De seguida interveio Paulo Morais, onde expôs parte da sua experiência na Vice-presidência da Câmara Municipal do Porto, nomeadamente das dificuldades que o PSD encontrou, após a sua vitória no Porto, no desmantelamento da “máquina” socialista que imperava na Câmara Municipal, sob. a presidência do socialista Fernando Gomes.

Relatou ainda a falta de realidade no que toca à actual legislação autárquica pois “não é possível reger e desenvolver todas as câmaras do país de forma igual por força de uma lei, ou seja, não é possível por muito mais tempo tratar por igual aquilo que é completamente diferente – por ex. tratar de igual forma uma câmara do interior e uma câmara dos grandes centros urbanos”.

Finalizando, enfatizou a importância de se actuar com “valores e com projecto”, nunca esquecendo que o papel fundamental (mas quase sempre incumprido) das Câmaras Municipais deve ser o de gerir o espaço público e promover a empregabilidade dos seus cidadãos.

O Dr. Ricardo Rio deu, na sua jovem e dinâmica intervenção conta do excelente relacionamento que sempre teve com os líderes da JSD e da forma como sempre fez questão de tomar esta estrutura partidária como “parte activa no processo de construção de um projecto autárquico alternativo (apesar de nunca me ter envolvido em qualquer órgão da JSD), mais do que olhar paternalmente para os seus militantes e vê-los como um exército mobilizável para as tradicionais tarefas logísticas e afins”.

“Mais do que cair no lugar comum de assegurar a importância da inclusão dos jovens nas listas dos diferentes órgãos autárquicos, sempre optei por valorizar (e o passado tem-me dado razão) a sua capacidade inovadora, a sua abordagem mais moderna dos assuntos, a ênfase nas suas reais preocupações”.
Para tal, deu como exemplo o Contrato Político com a Juventude Bracarense que subscreveu com os líderes da JSD, JP e JM, totalmente incorporado no
Programa Eleitoral da coligação “Juntos por Braga” em 2005 onde se elencavam as prioridades a conferir às áreas da empregabilidade, habitação, cidadania e lazer e cultura.

“Assim que temos vindo a formalizar diversas propostas concretas que corporizam essas orientações, das "Olímpíadas do Concelho" aos "Prémios Jovens Talentos", da "Casa da Democracia" ao "Verão mais Jovem", dos Contratos Programa com todas as Colectividades à "Casa da Juventude".

“É também no respeito por esses princípios que defendemos o reforço dos mecanismos de auscultação dos jovens do Concelho, quer através de estruturas como o Conselho Municipal da Juventude, quer por via de iniciativas informais como o
Concurso das Cidades Criativas”.

Para finalizar a sua intervenção, Ricardo Rui evocou das “palavras de Cavaco Silva com que o José Alfredo abriu a moção que submeteu ao último Congresso do PSD, particularmente importantes que são para a Ponte da Barca como para Braga: "O inconformismo é timbre da juventude. Quero, por isso, dirigir-me directamente às novas gerações e fazer-lhes um apelo em palavras simples: não se resignem!".

A palavra final desta conferência coube ao Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, José Manuel Fernandes, na qual para além de fazer um flash-memory da sua passagem pela JSD provou o quão produtiva tinha sido esta passagem para hoje governar da melhor forma os destinos de Vila Verde.

“Apostar no futuro é a nossa linha de actuação na Câmara Municipal, mas sempre em ligação com o passado. Um exemplo: os lenços dos namorados, antes de os utilizarmos como meio de promoção do concelho, pouco ou nada diziam às pessoas…Hoje, não só são afirmados como o melhor do artesanato de Vila Verde e marca do concelho, como são fonte de rendimento para muitas famílias criadas exclusivamente para a criação destes”.

No que concerne ao “ser poder”, José Manuel Fernandes afirmou a sua posição – contrária à da direcção nacional do PSD – em que os executivos não deveriam apenas ser de uma só cor política pois “é certo que se poderia gerir uma Câmara no exercício de uma contínua democracia participada e partilhada”, ideia que embora não esteja em vigor actualmente, e com uma maioria absoluta fez com que, nos seus mandatos à frente da Câmara Municipal de Vila Verde conseguiu pôr esta localidade no mapa nacional.

Finda esta intervenção seguiu-se o período de grande debate com o público, muitas perguntas e sugestões que foram feitas e devidamente respondidas pelos convidados e por alguns dirigentes políticos distritais. Destacaram-se duas questões: “como conseguir envolver mais os jovens na política e como devem estes lidar com o "baixo fundo" que hoje parece marcar esta nobre actividade?”

De entre as várias intervenções, destacamos a do Presidente da Comissão Política Distrital da JSD Alto Minho, Eng. Emanuel Miranda, onde afirmou que ”o trabalho desenvolvido pela JSD Ponte da Barca é exemplo a seguir pelo distrito de Viana do Castelo, sendo que a JSD deste concelho é, sem dúvida alguma, a secção mais activa do distrito de Viana do Castelo”.

Tal afirmação do Presidente da estrutura máxima da Juventude Social Democrata do distrito de Viana do Castelo vem fortalecer algo que provamos desde o início da nossa actividade enquanto jovens dirigentes políticos: não estamos aqui para servir nenhum grupo, nem ninguém.

Estamos sim, para servir a juventude barquense, os seus ideais, as suas aspirações, o seu futuro!

Estamos sim, e com plena confiança e consonância com nos nossos Vereadores, Deputados Municipais, Presidentes de Junta e suas equipas, para servir Ponte da Barca.

Ponte da Barca, para nós foi ontem, é hoje, será amanhã…Ponte da Barca para a JSD é SEMPRE!

7 comentários:

Anónimo disse...

Attention!

Anónimo disse...

Isto sim...é JSD!
Infelizmente não me foi possível estar presente por motivos pessoais, mas pelo que aqui se lê e no blog do Dr. Ricardo Rio, vocês estão mesmo de parabéns!
Pena tenho que o PSD não acompanhe a pedalada da JSD...todos os dias com novas posições, novas medidas, propostas alteradas...enfim, só para ser do contra não apenas contra o governo mas tabém (e mais urgente) contra a anterior direcção do partido!
Continuem assim, pois sem dúvida são mesmo a mais activa do distrito de viana, e talvez de braga, mas com muita categoria mesmo...muito à frente!Continuem!Boa Sorte!

Anónimo disse...

Caro e Prezado Jose Alfredo

A iniciativa que levou a cado na Sexta- Feira saldou-se numa iguaria de raro requinte.
A formação polítca e cada vez mais importante para uma intervençao social e politica mais fundamentada, mais esclarecida e mais critica.

Os meus parabéns pela iniciativa e pelo incessante trabalho que tem levado a cabo.

Abraço Companheiro

Leandro Esteves

P.S agora esperamos por mais, quem sabe em Pomte de Lima

Anónimo disse...

Que pena o José Alfredo não avançar para a distrital. A JSD precisava dessa coragem

Nuno Pereira disse...

Foi com pena que não pude assistir à tertúlia.
Quer porque era um pouco cedo, para poder sair do trabalho em Viana e jantar, quer porque, como membro da Comissão Política da JSD Ponte de Lima, estive presente na nossa habitual reunião quinzenal, quer ainda porque decorreu nessa mesma noite a Assembleia Municipal de Ponte de Lima.

Fico agradado por a vossa tertúlia ter corrido muito bem, com tão ilustres presentes.

Contamos que estejam presentes em futuras iniciativas da JSD Ponte de Lima.

Anónimo disse...

Porque desapareceu do blogue o artigo mais comentado?

Anónimo disse...

LUSA:" Dez ex-secretários-gerais do PSD subscrevem uma carta que foi hoje entregue ao presidente do Conselho Nacional do partido, Ângelo Correia, pedindo "um prazo razoável para o debate interno" das alterações aos regulamentos propostas pela direcção.

A carta, a que a agência Lusa teve acesso, é assinada por Amândio de Azevedo, António Capucho, Manuel Dias Loureiro, Falcão e Cunha, Rui Rio, Azevedo Soares, Carlos Horta e Costa, José Luís Arnaut, Miguel Relvas e Miguel Macedo.

Além de pedirem um período de debate, os antigos secretários-gerais do PSD criticam o sentido das alterações propostas pela direcção de Luís Filipe Menezes, considerando que algumas "representam mesmo o regresso a soluções que a prática demonstrou serem de todo em todo inadequadas".

"O PSD rege-se hoje por um conjunto de regras marcadas pela preocupação de garantir clareza e transparência na sua vida interna. E causa genuína e profunda perplexidade que, nos documentos agora propostos, se possam encontrar soluções que interrompem essa orientação", escrevem.

De acordo com os dez sociais-democratas, "não se vislumbra qualquer motivo para o modo apressado como se pretende conduzir o processo, impedindo as estruturas e os militantes do PSD de participarem na discussão e de darem contributos".

"Não se realizarão, nos próximos meses, eleições internas no Partido que justifiquem a apressada conclusão deste processo e que pudessem de algum modo contribuir para inquinar esta discussão", salientam.

A apreciação e a votação das propostas de alteração aos regulamentos do PSD estão na agenda da reunião do Conselho Nacional de sábado.

Os ex-secretários-gerais do PSD dizem esperar que "se possa chegar a uma decisão que sirva adequadamente os interesses" do partido, que "passaria pela fixação de um prazo razoável para o debate interno" e informam Ângelo Correia de que vão tornar público o conteúdo da carta."

Com isto, uma pergunta: "AINDA ACREDITAM NESTA LIDERANÇA?"