A Presidente do PSD encerrou hoje o XXXI Congreso Nacional, em Guimarães, com uma nova e reforçada oposição ao Governo de José Sócrates. Considerando que Portugal vive uma situação de «quase emergência social», Ferreira Leite criticou a «vaga avassaladora de propostas de infra-estruturas que este Governo anuncia e de que o país nem sempre carece e para os quais manifestamente não tem dinheiro, ficará para a história como um dos maiores erros políticos cometidos».
E exigiu uma política de investimentos públicos «muito criteriosa». Caso contrário, «faltarão os meios para acudir às verdadeiras questões que afligem os portugueses no seu dia-a-dia».
Nomeadamente, na Educação, na Saúde e na Justiça, áreas que colocou no centro das suas preocupações.
Na Saúde defendeu a necessidade de «garantir a fixação de médicos e pessoal de saúde no sector público», na Justiça criticou a sua «lentidão» que considera um «entrave ao crescimento e ao desenvolvimento económico».
Finalmente, na educação, pediu uma particular atenção «àqueles que se distinguem pelo mérito».
A necessidade de uma «classe média sólida» também não foi esquecida, com fortes críticas aos sacríficios que lhe têm sido exigidos pelo Governo de Sócrates.
Ferreira Leite avaliou o crescimento económico como «totalmente insatisfatório», sendo que não o considera resultado de uma crise internacional mas sim de «uma política mal conduzida ou inconsistente». Quase a terminar, a presidente do PSD defendneu uma «descentralização gradual, que transfira maiores competências para os municípios», uma questão cara a muitos no partido, como é o caso de Santana Lopes, e que mereceu fortes aplausos dos congressistas.
Alberto João Jardim, ausente deste Congresso, não ficou, porém esquecido no discurso da nova líder, que elogiou o «extraordinário progresso na Madeira». E criticou o facto de «a alteração das regras de financiamento antes aprovadas pelo PS em relação à madeira terem bem patente uma marca partidária». Neste capítulo rometeu ainda estar atenta às «novas benesses transferidas para os Açores com o objectivo de favorecer o partido do Governo Regional», ou seja do socialista Carlos César.
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