terça-feira, 24 de junho de 2008

"Pensar Jovem, Pensar Portugal"

A CPS da JSD de Braga vai levar a cabo, no próximo fim-de-semana de 4,5 e 6 de Julho, a iniciativa "Pensar Jovem, Pensar Portugal".
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Nestas jornadas de reflexão, pretende-se, ao bom estilo das iniciativas de formação da JSD e do PSD, discutir e problematizar o país na perspectiva da juventude.
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Se têm entre 16 e 30 anos enviem a vossa candidatura para geracaobraga2009@gmail.com ou para jornadasjota@gmail.com.
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Podem consultar o programa (de que fazem parte, entre outros, Pacheco Pereira, Miguel Macedo, Carlos Coelho, Pedro Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite), o regulamento e descarregar a ficha de candidatura aqui.

1 comentário:

Leandro Esteves disse...

Caros Companheiros

Tive a oportunidade de este fim de semana ter estado presente no evento de formação e reflexão politica promovido pela JSD de Braga - “Pensar Jovem Pensar Portugal”. Um local paradigmático da cidade de Braga – Bom Jesus e um corpo de Formadores e Intelectuais dignos desse nome. Uma organização exemplar, um ambiente de responsabilidade e descontracção onde estiveram presentes companheiros de vários distritos do pais.
Para quem não foi, e como acho que a formação e as ideias devem ser transmitidas para que se possamos estar mais informados, cumpre-me deixar umas notas relativamente as intervenções dos convidados.( se é que consigo e se tenho competência para tal)
1. Pacheco Pereira – Visão esclarecida sobre a matriz social democrática e princípios orientadoras da social-democracia. Abordou o carácter e ideias distintivas entre o PS e o PSD : “que distingue o PSD dos demais partidos é que este é, simultaneamente, personalista, defensor da liberdade e da social-democracia”,, afirmou reiteradamente pela necessidade de mudança no seio do PSD relativamente as ideias populistas e a demagogia que invadiu o Partido durante os últimos tempos e afirmou : “pior inimigo do PSD é o próprio PSD”, devido “aos desvios na praxis e ao populismo de quem não sabe o que é ser social-democrata hoje” (sic). Reiterou, ainda, a necessidade de apresentação de um quadro - programático imbuído dos ideais sócias democratas dotado de uma visão realista e verdadeira daquilo que realmente o partido pode trazer novo ao panorama politico português.
2. Miguel Macedo – Homem da terra. Excelente capacidade argumentativa e intelectual. Homem de princípios, pragmático. Deu-nos uma visão sobre o quadro político português na vertente jurisdicional. A sua especial incidência foi no sector da justiça, e não fosse ele um excelente Advogado. Falou-nos da impossibilidade de elaborar projectos de investimentos (caso de investimento estrangeiro) no domínio do Direito Fiscal devido às constantes alterações legislativas e à imprevisíbilidade /morosidade do sector jurisdicional do Estado: “ é impossível fazer uma previsão de âmbito fiscal para um prazo de quatro anos”(sic).
3. Miguel Relvas: Um profundo conhecedor do municipalismo. Afirmou a sua posição quanto à regionalização (não). Defende uma descentralização administrativa dos poderes do Governo, insistindo na necessidade de transferência de poderes da administração central para a administração local de forma a melhor agilizar procedimentos e para que melhor se consiga executar os projectos. Falou dos poderes municipalistas e das freguesias e do peso que estes têm no orçamento, uma vez que à uma tripartição da administração porque o orçamento geral do Estado faz essa plena distinção onde opera um quadro burocrático enorme, porque existem transferência de dinheiros para os municípios e para as freguesias. É necessário agilizar procedimentos.
4. Emídio Guerreio e Pedro Duarte – Abordaram a temática que provocou um quadro de questões mais intensas do programa formativo. Falaram da Educação, Formação e Emprego. Abordaram o programa governamental nesta perspectiva, a demagogia e a propaganda que este governo tem feito nestes domínios, exibiram comunicações do Ministério da Educação que são autênticos absurdos. As famosas circulares deste governo que em vez de se preocupar com questões de fundo emite circulares relativamente ao corte e abate de ramos das árvores, dando um conjunto de instruções para que o mesmo possa ser operado. As estatísticas não foram deixadas de lado, estamos a formar pessoas à pressão sem qualidade nenhuma e sem institutos que supervisionem as entidades formativas que só existem porque o QREN ainda dura ate 2013.
5. Pedro Passo Coelho - “recebem porcaria de volta dos cidadãos quando se lhes dirigem com falta de respeito e com promessas não cumpridas”.
“Se lhes transmitirmos credibilidade os portugueses compreendem, se lhes falarmos sem verdade e com falta de respeito, eles compreendem que estamos a ser batoteiros e em Portugal já temos um estado batoteiro”,
6. Carlos Coelho – A excelente qualidade a que nos habituou a coerência e o rigor do discurso. A politica transcrita em palavras e números. Um profundo conhecedor da Europa, um homem de conhecimento e muito informado. Abordou um tema quente – O Tratado de Lisboa, explicou os procedimentos e parâmetros de funcionamento das instituições da união, das grandes alterações e das vantagens e desvantagens do tratado de Lisboa. Falou-nos da questão energética russa e do problema polaco. Abordou a questão irlandesa e o chumbo do tratado por parte da Irlanda, a necessidade de não parar o processo de ratificação nos restantes países e defendeu convictamente que o tratado não esta morto. E que é necessário repensar e arranjar um plano B para a questão irlandesa, que pode passar pela negociação das cláusulas de opting – out
7. Aguiar Branco - Falou-nos da morosidade da justiça do valores que são transferidos para o sector jurisdicional do Estado e da inoperacionalidade do mesmo. Pronunciou-se sobre a necessidade de extinguir tribunais e da deslocalização de meios humanos e técnicos para os tribunais que têm maior expediente. É preciso reformular o mapa judiciário português mas não nos moldes que o governo do PS o fez, que apenas alterou os nomes operando, por assim dizer, numa mera questão de cosmética sem uma revisão profunda para detectar onde estão os reais cancros do sistema judicial. Abordou a questão do segredo de justiça e a necessidade de o mesmo ser repensado e afastado em alguns casos; criticou o afã legislativo; e a mediatização da justiça; e a formação dos magistrados e a necessidade de repensar a mesma bem como os mecanismo de acesso à magistratura. A fluência de discurso e os dados concretos, a intelectualidade e racionalidade sem descorar da visão pragmática e concreta do sistema judicial. Para quem o conhecia a magnificência do discurso não impressionou.
8. Mota Campo, um não militante do PSD, falou-nos da necessidade do Empreendedorismo, e da importância que esta vai ter no futuro. O instituto ao qual preside, IDEIA ATLANTICO, tem um conceito inovador no mecanismo de captação de ideias e de as transformar em casos de sucesso através de uma incubadora que dá forma e corpo as ideias que os jovens e menos jovens possam ter para arrancar com um projecto de dinamização e desempenho empresarial. Um projecto interessante que já tem filiais em Lisboa, Porto e Cascais, sendo a sede em Braga.
9. Carlos Encarnação – uma abordagem interessante da gestão autárquica e da forma como conseguiu mudar Coimbra nestes últimos anos. Estabeleceu metas e deu ideias sobre como derrubar o poder instituído e perpétuo dos líderes locais. Mostrou-se a favor da lei de limitação dos mandatos e da necessidade de ouvir os locais. Os reais problemas do poder local foram também aflorados. A corrupção, os interesses instalados e conjunto de influências que se exercem são meios de destruição da imagem e do trabalho realizado. Uma boa aula de gestão autárquica, à qual assistiu o futuro Presidente do Município de Braga Dr. Ricardo Rio.
As honras de encerramento, tiveram lugar com a entrega de Diplomas e com os discurso dos Companheiros Hugo Soares (CPS JSD Braga) Carlos Reis (CPD JSD Braga) Pedro Rodrigues (CPN JSD) e Dr. Ricardo Rio (Futuro Presidente da CMBraga).

Aproveito o ensejo para felicitar a CPS de Braga e todo o corpo organizativo. Uma verdadeira lição de união e companheirismo. Um cumprimento especial ao Dr. Miguel Macedo que me impressionou muito pela sua competência, os parabéns ao Dr. Ricardo Rio que começa a ser já um caso de sucesso em Braga, em uma especial saudação aos 50 companheiros que estiveram presentes no evento.