«O que posso dizer? Que estou extremamente orgulhoso do apoio unânime que recebi. Mais que orgulhoso, estou comovido. Foi para mim um momento muito importante receber este apoio, com tais palavras de apoio e reconhecimento (dos líderes europeus) pelo trabalho que a Comissão tem feito», declarou Durão Barroso, na conferência de imprensa no final do primeiro dia do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas
Os chefes de Estado e de Governo dos 27 deram, em Bruxelas, o seu apoio político unânime à recondução de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia por mais cinco anos, iniciando agora um período de consultas com os grupos políticos no Parlamento Europeu para aferir se há uma maioria na nova assembleia para aprovar a nomeação de Durão Barroso.
Os 27 deverão em seguida formalizar a designação de José Manuel Durão Barroso a tempo de o Parlamento Europeu confirmar a escolha a 15 de Julho, quando se reunir pela primeira vez em Estrasburgo.
A decisão dos Chefes de Estado e de Governo foi tomada no final do jantar de trabalho do primeiro dia do Conselho Europeu que decorre até sexta-feira em Bruxelas, durante o qual Durão Barroso apresentou as grandes linhas do seu programa para um segundo mandato.
Como se previa, aquela que foi a primeira reunião a 27 para discutir o processo de nomeação do futuro presidente da Comissão Europeia foi «pacífica», confirmando-se o consenso a nível do Conselho (Estados-membros) em torno do nome do antigo primeiro-ministro português, que na semana passada anunciou a candidatura a um segundo mandato.
A vontade dos líderes europeus é no entanto que Durão Barroso seja formalmente nomeado já no próximo mês, na sessão constituinte do Parlamento Europeu saído das eleições de 7 de Junho.
A actual presidência checa - que termina já no final do corrente mês - a próxima presidência sueca e representantes dos grupos políticos do Parlamento Europeu reúnem-se daqui a uma semana, 25 de Junho, em Estocolmo, um encontro em que será feito o ponto da situação dos apoios a Durão Barroso no Parlamento Europeu.
Confirmando-se um cenário também favorável na assembleia - onde a principal força política é o Partido Popular Europeu (PPE), vencedor das últimas eleições europeias e que apoia Durão Barroso - a formalização da indigitação por parte do Conselho, explicaram fontes diplomáticas, poderá passar em seguida por um «procedimento escrito», que evitará a convocação de uma cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo nas próximas semanas.
José Manuel Durão Barroso prepara-se assim para liderar os destinos do executivo comunitário por mais cinco anos, até 2014, igualando o «recorde de longevidade» do francês Jacques Delors, presidente da Comissão durante 10 anos, entre 1985 e 1995.
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